terça-feira, 11 de agosto de 2009

Jardim suspenso

Já que nada mais sai dessa cabeça que já foi jardim,
Aplano-me no sofá sitiado da não consciência, vigiado...
Já não há sol na parede de minha sala.
O delírio corre nas veias como um insustentável rio,
Desemboca no peito que se abre sem sentir, já não sou eu.
Era eu, aquele que sentava em si próprio?
La vie est belle, quand je n’ai pas concience.
J'ai horreur de ca,
Já que nada mais resta nesse dia que já foi sem fim.
Pisar nas nuvens já foi sonho, infantil,
Hoje é tudo que restou, nuvem e ar,
Dentro do peito aberto, não há sombra nem sol.

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.