segunda-feira, 19 de maio de 2014

sedamarfim

eu gosto to be stoned. 
e você alavonté,
sem vírgula,
sem sinais,
acho que a chuva
ajuda a gente
a se ver
........ter
amar
santo amaro,
e cachoeira
bater tambor lá no pé da ladeira
e se molhar
sentir tesão
pensar em ter filhos
matar o tempo
no olhar

sábado, 17 de maio de 2014

cítrico

vontade te fazer
louça inglesa 
e te sentir
com chá quente
hortelã e limão 
capim santo,
tanto
que eu queria
que você
quisesse. 

domingo, 11 de maio de 2014

just friends

nada um do outro:
é quando outro
é quase tudo,
até
estranhezas,
o raio que o parta,
asa da xícara
e casca de avelã.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

herbologia

não gosto
dessa coisa toda
de ficar maduro.
bom era passar as tardes
embaixo da mangueira
imaginando que um dia,
sem motivo aparente
ela seria outra,
daria outros frutos,
sua casca,
sua seiva.
e tudo era mais fácil,
feito falar de amor.
falar de amor também era fácil,
hoje as árvores são o que são,
e nada mais 
é mais que nada.

terça-feira, 6 de maio de 2014

um cento.

talvez eu tenha perdido a sensibilidade. 
penso
quanto
mais
tanto ou 
pouco de mim sobrou.
e quanto há,
e muito faz,
desde 
quando
perdeu o sentido.
sinto que talvez
tenha perdido
a sensibilidade.

nunca o amor
fez tanto
tento,
quanto
tanto fez. 

domingo, 4 de maio de 2014

pegar o rabo do foguete
era só mais um sonho infantil.
lacerações,
barba, relógios de bolso,
de qualquer jeito
a gente vai
se virando,
e mesmo quando
viro super herói,
sapo ou travesti,
as esquinas desdobram
os joelhos sambam,
nada mais ascende 
nada mais prende

Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.