forcei
a barra
pra ver
até onde
ia
e entendi que fui eu quem nunca se mexeu
en garde,
sempre ali,
pra frente
pra cima
com unhas, dentes
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
no quintal
no fio da faca
na mesa
todo brilho fino é
amolado em reflexo
troco o corte
por um pouco mais
de nós,
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
difference
me dei conta
ontem, cozinhando tarde
enquanto amassava
sovava
sorvia
o pão,
que tudo fora da mesa
era um imenso
vão e desperdício
acho até
que
nada fiz da vida
sem saber
que era tudo
que havia
pra ser feito.
sábado, 22 de agosto de 2015
àquelas tuas delicadezas.
tudo é sempre
a mesma coisa
um ver o que não se veria
nos outros, nas outras
em quem quer que passe
que tente
ficar
na minha vida,
mas sem saber
ao certo porque tanto eu queria
que fosse ela;
o resto todo padece
de poesia.
a mesma coisa
um ver o que não se veria
nos outros, nas outras
em quem quer que passe
que tente
ficar
na minha vida,
mas sem saber
ao certo porque tanto eu queria
que fosse ela;
o resto todo padece
de poesia.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
luz alta
aquela sensação
de carro
na estrada de noite
no meio do goiás
que há entre tudo que nunca entendi
e
o além.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
proibido nadar
é sempre bom
lembrar
que todo mergulho
que mirei fundo
(dentro)
foi acidente
de
pernas e asfixia
no mar
na beira.
talvez minha mira
nao seja
certeira.
lembrar
que todo mergulho
que mirei fundo
(dentro)
foi acidente
de
pernas e asfixia
no mar
na beira.
talvez minha mira
nao seja
certeira.
sábado, 18 de julho de 2015
mesa
antes de apagar a luz,
abrir o pote
de geléia,
deixar ali, às moscas,
feito
não quisesse estar alí
nem gostasse do sabor
não sentisse
que era minha
a mão
do abandono.
terça-feira, 14 de julho de 2015
domingo, 12 de julho de 2015
quinta-feira, 9 de julho de 2015
corta
perdi o meio
do filme
e vi as cenas de novo
pra ver se acredito
o quão distante
em tanto escuro
por quanto tempo
em quais momentos
filmei
ou era eu
ali
sentado
sem saber pra onde ir
quarta-feira, 10 de junho de 2015
era pra ser poesia
dói um pouco
toda vez
que eu engasgo
enquanto engulo
cada pedaço
das madrugadas
acesas
entre erros e defeitos
e uma vontade sem tamanho
de mudar.
terça-feira, 9 de junho de 2015
desassossego
odeio até
o movimento do vento
que assovia
dentro de mim
no vazio
de tudo
que
eu
esperei
de
ti
reza
eu sempre esperei
um milagre.
não há janela em minha vida
que não tenha sido
um pouco de estupa
um muito de pedido
um tanto de joelho
um santo, uma culpa
um perdão.
quarta-feira, 27 de maio de 2015
Delta
todo dia que o dia
vira sol
e é amanhã,
depois das três,
um mês, quiçá
eu ainda espero
e tanto quero
que tudo faça
sentido
quinta-feira, 30 de abril de 2015
love feat hax
impor no ar
ali no canto da sala
o som.
pus nossa musica
pra sentir
vir na fumaça,
na quase luz
a guitarra
que ouvi
língua na língua
aquele solo
no meio
de dois.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
censura
não tenho muito o que dizer
quando não posso,
por questões contratuais
de contextos
e consenso
cretino e coletivo,
dizer um pouco
sobre o que
só diz respeito
à mim.
espero que fique clara
a ditadura
e a rebeldia.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
espuma
desfazer rimas
na beira
na borda
maréonda.
deixar ir sendo
quando
medroso, arenoso
seu azul vier por cima
por qualquer lado
fazer a praia.
ser
um e um
são
dois
no meio do nada
o vento
e água
pra tanto tempo
que nunca mais
eu vou embora
do seu
ser
quarta-feira, 15 de abril de 2015
charme
a vida em preto e branco:
espanto
e alarme.
a sala ampla
tudo mudou;
em tudo um pouco
daquele filme, do nosso charme.
quinta-feira, 9 de abril de 2015
ultimato.
atiro alto tuas cartas
teu drama
o lençol de tua cama,
pra dizer que não.
não aceito mais.
não mereço mais.
despenteio mais.
é ultimato:
(mentira)
ainda guardo teu bilhete
na carteira
no bolso
no
olho.
teu drama
o lençol de tua cama,
pra dizer que não.
não aceito mais.
não mereço mais.
despenteio mais.
é ultimato:
(mentira)
ainda guardo teu bilhete
na carteira
no bolso
no
olho.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
bastille
brande tuas espadas
against my arms
nada vai
ficar impune
just keep
lovin
já eu
nem sei
de onde veio
o primeiro tiro
against my arms
nada vai
ficar impune
just keep
lovin
já eu
nem sei
de onde veio
o primeiro tiro
terça-feira, 31 de março de 2015
Sem querer
importante lembrar
mais vale
um amor daqueles
noves fora, dentro
que eu já não sei bem
sobre o que estava falando.
mais vale
um amor daqueles
noves fora, dentro
que eu já não sei bem
sobre o que estava falando.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
Don
esse passar das coisas,
dias,
ruídos no tempo,
dentro de mim.
esse surtar
momentos
e o medo
de um dia
não saber
como falar.
esquento água prum chá,
pôr panos quentes,
esse calor.
há de passar.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
pairo
muito pouco me toca
a alma.
amar é sempre um susto,
esse ir e vir
deve ser passarinho,
no ar
pa(i)ra
sem saber
vive do que dexiste.
um dia aprendo a voar.
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Intangível
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
era lindo se eu dissesse que paralisei! qualquer cena dramática, teatrica, poéturgia do momento. mas há duas formas de se desistir de viver...