segunda-feira, 29 de agosto de 2011

any messenger

carrega a dureza do chão sob os pés

nem brisa

abala

ou alisa

vento que te erra temeroso.

o difícil acesso

da história em teus olhos

labirintuosos

pouco dizem

distantemente fronteiriços

estrangeiros de tudo

intocáveis.

seus genes me doem,

deslocam do teu espelho

vidromorfiso traços que me queimam na semelhança,

gêmea indiferença,

ainda quando tudo,

tudo em mim sustenta,

tua presença,

até quando não aguento,

não sou nós dois

sem ser eu.

tão preciso, insisto na eternidade.
(pai).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

domingo

caricia mansa
nunca cansa
enovela burburinhos noturnos
e tece roupa de aconchego em dia frio.
lã que só firma no couro disposto
a doar alma e coração
em troca de um pouco de calor humano
nos dias de verão,
mesmo contra todo gosto
até quando arde o rosto
de vontade de um beijo,
mesmo aquele de raspão,
dispara furioso o peito suplicante,
o balanço de rede supera
qualquer futuro glorioso.

Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.