terça-feira, 20 de dezembro de 2011

trinca

isto não é
verdade.
no firmamento despartido
chovem finas
gotas
de caimento descoberto,
Este que olho, fixo,
fixamente olho e não desgrudo
de mim
não é um espelho
nem caco
perde-se a translucidez
cheia de falhas
dessimetrias
de meu rosto,
ele no meu rosto
se rega da chuva
se nega;
verdade
não é isto
de ver perfeitamente
vaidade
não é isto
descaber em si mesmo
sem espelhos
se partículas do meu reflexo
ainda brilham

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

Rosa dos Ventos

no teu quase silêncio
emudeço.
ofereço
a concha carregada de mar
tão transbordante de ecos
internas vozes
caladas pela areia que as cobre
soltadas pelo ouvido que recosta
na casca duramente feita pra esconder
uma vida.

imenso é o mar
imenso é amar,
o resto em mim
é respeito
muito sem jeito
caminhando em areia fofa.

Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.