pisar o pé no chão
e sentir o duro concreto
nunca foi meu forte
prefiro a poesia
anoitece em pleno meio-dia
e me deita em panos
brandos
sexta-feira, 23 de abril de 2010
domingo, 18 de abril de 2010
dibujos en mi cielo que se quedan
Aqueles que procuro
me fogem às pressas
lá de longe trazem
em retorno a tempestade
com solos de bandolim
e um sorriso raiado
rasga o céu agoniado
desagua sobre mim
uma nuvem desenhada
me fogem às pressas
lá de longe trazem
em retorno a tempestade
com solos de bandolim
e um sorriso raiado
rasga o céu agoniado
desagua sobre mim
uma nuvem desenhada
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Resposta ( dentro da garrafa )
ventei frio pelas dobras do alto
Espumas brancas de um Mar altivo
saltos de um coração revolto
encontro na praia
a paz
e uma concha
Espumas brancas de um Mar altivo
saltos de um coração revolto
encontro na praia
a paz
e uma concha
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Gotejar
De ponta a ponta deixar molhar
a chuva acaricia as duas faces
a faísca que pula no entre-olhar
sambando num jazz particular
tornando um só,
o antes, partes.
a chuva acaricia as duas faces
a faísca que pula no entre-olhar
sambando num jazz particular
tornando um só,
o antes, partes.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O deitar
Deitam nos lençóis verde claro
Que cobrem o corpo devagar
Batidas de um coração vazio
Imenso como a cama que se estende
Completamente cheia de sono
Dorme,
Esquinas de vapor
gotejam
a noite.
Que cobrem o corpo devagar
Batidas de um coração vazio
Imenso como a cama que se estende
Completamente cheia de sono
Dorme,
Esquinas de vapor
gotejam
a noite.
O despertar
Tecem fios suaves,
Sobre a mesa quase branca,
Pequenos pedaços de mim
Por entre xícaras e sono...
Sobre a mesa quase branca,
Pequenos pedaços de mim
Por entre xícaras e sono...
terça-feira, 13 de abril de 2010
Orquestrado
Sublimo entre minutos sem bordas
Surdo, o mundo me leva
Distante do destino que espera
Aquecer as mãos que já não tocam
A face do espelho que me mostra
Noutro rosto, tão suave a vaidade
Me carrega, música poente
Sinfonia calada
Grita no peito
Delirante...
Surdo, o mundo me leva
Distante do destino que espera
Aquecer as mãos que já não tocam
A face do espelho que me mostra
Noutro rosto, tão suave a vaidade
Me carrega, música poente
Sinfonia calada
Grita no peito
Delirante...
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Onde o pensamento faz a curva
Ser vento que risca distância
Faz curva onde ninguém sabe
Sopra as folhas do jardim
Carrega poesia que arde
Refresca a boca carmim
Toca o meu seio da face
Tira a falta de mim.
Aquela falta que não se sabe
Se é do tudo ou do nada
Dentro de uma madrugada...
Faz curva onde ninguém sabe
Sopra as folhas do jardim
Carrega poesia que arde
Refresca a boca carmim
Toca o meu seio da face
Tira a falta de mim.
Aquela falta que não se sabe
Se é do tudo ou do nada
Dentro de uma madrugada...
domingo, 11 de abril de 2010
Som do relógio.
No toque da viola e dos versos soltos
Não chega a morte que tudo carrega.
Medo do toque, medo da sorte,
Do nada que sobra no canto da sala.
Arrasta o que resta, medo da estrada,
Canta tristezas e elegias do sertão,
A noite na sola da botina encaixada
Com força nas rugas da face da Terra
Parte em segundos, tocados, farpados
Me tira de casa e arranca meu tento
O pálido rosto do sagaz relógio
O mundo aquém eu e meu medo do tempo.
Não chega a morte que tudo carrega.
Medo do toque, medo da sorte,
Do nada que sobra no canto da sala.
Arrasta o que resta, medo da estrada,
Canta tristezas e elegias do sertão,
A noite na sola da botina encaixada
Com força nas rugas da face da Terra
Parte em segundos, tocados, farpados
Me tira de casa e arranca meu tento
O pálido rosto do sagaz relógio
O mundo aquém eu e meu medo do tempo.
sábado, 10 de abril de 2010
Contra toda sede
A água escorre da mão baixa,
Reflexos de um rosto se vão.
Surgem versos das gotas
Que à minha mão estão
Preenchendo o vazio
Que as más gotas deixaram.
Tudo pra dar de beber
A quem tem sede,
E saciar minha vontade
De ser sempre mais que poça,
Maior que nuvem carregada,
Quem sabe um dia, talvez, mar.
... ...
A poesia me encharcou. Me afogo sorrindo.
Reflexos de um rosto se vão.
Surgem versos das gotas
Que à minha mão estão
Preenchendo o vazio
Que as más gotas deixaram.
Tudo pra dar de beber
A quem tem sede,
E saciar minha vontade
De ser sempre mais que poça,
Maior que nuvem carregada,
Quem sabe um dia, talvez, mar.
... ...
A poesia me encharcou. Me afogo sorrindo.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
A cuíca do tempo
Pras horas de seda que vão,
Minutos de aço que ficam.
Danço um samba desencontro sem pandeiro
Noite adentro na roda da ciranda
Pra , encontrado, o mundo inteiro
Saiba que lá longe vive meu samba
de pé ante-pé, leva meus dias
Sonolentos de noites perdidas
à procurar por aqui o tom certo
do samba que ouvi por aí.
por lá,
Dentro de mim, talvez.
Minutos de aço que ficam.
Danço um samba desencontro sem pandeiro
Noite adentro na roda da ciranda
Pra , encontrado, o mundo inteiro
Saiba que lá longe vive meu samba
de pé ante-pé, leva meus dias
Sonolentos de noites perdidas
à procurar por aqui o tom certo
do samba que ouvi por aí.
por lá,
Dentro de mim, talvez.
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Intangível
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
era lindo se eu dissesse que paralisei! qualquer cena dramática, teatrica, poéturgia do momento. mas há duas formas de se desistir de viver...