sexta-feira, 13 de junho de 2014

curva perigosa

vesti teu espartilho
e te chamei de minha,
apertei tanto
tantos sentidos
engasgados.
emaranhos presos
entre costelas
e ferragens
de um acidente natural
de tudo que engoli
com o que nunca disse.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

na mão.

engulo minha língua
e todos os dentes,
e a noite que passa
muda e banguela
me atropela
sem nenhum grito
de aviso
ou desespero.
desacostumada boca
de vazio.
dessorriso
vago.

domingo, 1 de junho de 2014

amor nos tempos do nada


feito um terminal
pessoas passam,
cabeças baixas,
passo depressa,
sem muito reparar, 
e o medo de mudar
de rota.

tudo é desencontro
de mãos.
esbarros
e um relógio central.

Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.