isto não é
verdade.
no firmamento despartido
chovem finas
gotas
de caimento descoberto,
Este que olho, fixo,
fixamente olho e não desgrudo
de mim
não é um espelho
nem caco
perde-se a translucidez
cheia de falhas
dessimetrias
de meu rosto,
ele no meu rosto
se rega da chuva
se nega;
verdade
não é isto
de ver perfeitamente
vaidade
não é isto
descaber em si mesmo
sem espelhos
se partículas do meu reflexo
ainda brilham
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
domingo, 4 de dezembro de 2011
Rosa dos Ventos
no teu quase silêncio
emudeço.
ofereço
a concha carregada de mar
tão transbordante de ecos
internas vozes
caladas pela areia que as cobre
soltadas pelo ouvido que recosta
na casca duramente feita pra esconder
uma vida.
imenso é o mar
imenso é amar,
o resto em mim
é respeito
muito sem jeito
caminhando em areia fofa.
emudeço.
ofereço
a concha carregada de mar
tão transbordante de ecos
internas vozes
caladas pela areia que as cobre
soltadas pelo ouvido que recosta
na casca duramente feita pra esconder
uma vida.
imenso é o mar
imenso é amar,
o resto em mim
é respeito
muito sem jeito
caminhando em areia fofa.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
completude
salva
tudo o que conseguir
e se mesmo assim
eu me sentir metade
ou dois terços
deixa
já não há o que salvar
pega tudo o que não presta
e o que resta
atira com vontade pela janela
bem aqui do alto
onde não existo
de onde não resisto ao salto
e o voo seja pleno
inteiro
http://www.youtube.com/watch?v=XerlSEj_D7Y
tudo o que conseguir
e se mesmo assim
eu me sentir metade
ou dois terços
deixa
já não há o que salvar
pega tudo o que não presta
e o que resta
atira com vontade pela janela
bem aqui do alto
onde não existo
de onde não resisto ao salto
e o voo seja pleno
inteiro
http://www.youtube.com/watch?v=XerlSEj_D7Y
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Saída
trinca na pele o frio
(até ele morre de medo
de fugir de pele em pele)
vem se arrepiar em mim
em meus poros
tão meus poros
(eu que morro de medo
e só morro de medo)
ultimamente a vaidade impera,
ela e seus casacos
bem quentinhos.
(até ele morre de medo
de fugir de pele em pele)
vem se arrepiar em mim
em meus poros
tão meus poros
(eu que morro de medo
e só morro de medo)
ultimamente a vaidade impera,
ela e seus casacos
bem quentinhos.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
alento
Vem andorinha,
pousa teu descanso em mim,
repousa,
e te mostro
meu ninho, meu verão
enquanto dura a estação;
enquanto duro.
pousa teu descanso em mim,
repousa,
e te mostro
meu ninho, meu verão
enquanto dura a estação;
enquanto duro.
domingo, 20 de novembro de 2011
veredas
e a vontade imensa
incontrolável
de sumir daqui, mudar de vida, passar aperto onde ninguém veja e mesmo assim sentir as rédeas em minhas mãos... hoje é sem poesia, sem estrutura, de qualquer forma ou sem forma. o que tem de ser dito não precisa de poesia, muito menos de mim.
incontrolável
de sumir daqui, mudar de vida, passar aperto onde ninguém veja e mesmo assim sentir as rédeas em minhas mãos... hoje é sem poesia, sem estrutura, de qualquer forma ou sem forma. o que tem de ser dito não precisa de poesia, muito menos de mim.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
sereno
minunciosamente espalho sobre a mesa
não mais canetas
tão pouco papéis
te guardo em mim
por medo
da desordem
que há
dentro
fora
em minha volta.
deixo que passem
os minutos
que passem encabrestados para longe
fora,
lá fora haveria de ser sereno
o que cai em harmonia
com a queda,
mas não enxergo,
dentro
transpareço
serenamente
como quem cai do céu
pra ver de perto
o chão
não mais canetas
tão pouco papéis
te guardo em mim
por medo
da desordem
que há
dentro
fora
em minha volta.
deixo que passem
os minutos
que passem encabrestados para longe
fora,
lá fora haveria de ser sereno
o que cai em harmonia
com a queda,
mas não enxergo,
dentro
transpareço
serenamente
como quem cai do céu
pra ver de perto
o chão
sábado, 12 de novembro de 2011
acaso
Hoje o amor fugiu de mim
amor maltratado
prometido
por vezes tão escondido
as vezes tão encontrado
por páginas,
lápis
adesivos e bombons
embalagens e camisetas cheias de cheiro
de perfume.
apolíneo trajeto de escape
rasgou verticalmente
o horizonte
já não há no céu meu descanso
repouso nas pedras que pisei
com o mais puro e impensado
descaso
amor maltratado
prometido
por vezes tão escondido
as vezes tão encontrado
por páginas,
lápis
adesivos e bombons
embalagens e camisetas cheias de cheiro
de perfume.
apolíneo trajeto de escape
rasgou verticalmente
o horizonte
já não há no céu meu descanso
repouso nas pedras que pisei
com o mais puro e impensado
descaso
domingo, 6 de novembro de 2011
brisadez
vem,
vem no desalinho
de um tropeço
sinuoso
de ladeira
e se joga
no meu mundo
percebe,
descabem aqui
infinitudes
tudo
tudo
tudo termina
só pelo prazer do recomeço.
vem no desalinho
de um tropeço
sinuoso
de ladeira
e se joga
no meu mundo
percebe,
descabem aqui
infinitudes
tudo
tudo
tudo termina
só pelo prazer do recomeço.
por um dia, qualquer tarde
Eternesço inimportâncias
na esperança de captar
em qualquer outro canto
a dobragem umbigal do mar
se engolindo
desgalfinhando
o estilhaçar de grãos
que a areia não lembra
ter perdido
no tempo
na esperança de captar
em qualquer outro canto
a dobragem umbigal do mar
se engolindo
desgalfinhando
o estilhaçar de grãos
que a areia não lembra
ter perdido
no tempo
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
desabandono
Arrepia até a alma.
gerações de pensamentos
borbulhantes, relembrados,
grita em mim Frost e sua maldição
de tantas e tantas milhas por prosseguir,
por intuir
o caminho que me leva até sua cama;
passos instintivos
fugitivos, só quem ama
arrepia mais fundo que a alma,
mas tudo em mim transparece
calma
nada em mim
silencia.
gerações de pensamentos
borbulhantes, relembrados,
grita em mim Frost e sua maldição
de tantas e tantas milhas por prosseguir,
por intuir
o caminho que me leva até sua cama;
passos instintivos
fugitivos, só quem ama
arrepia mais fundo que a alma,
mas tudo em mim transparece
calma
nada em mim
silencia.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
sábado, 8 de outubro de 2011
diferente
sujo as mãos de terra no esticar de braços que nada encontram.
harmonia
perfeita
entre solidão e solidez fazem mais forte
todo que busca
tudo o que se acha.
já não procuro em ti meu melhor motivo,
enquanto tudo é um esticar de braços ao encontro de pura terra
ainda estarei vivo
contentado na umidade do que foi chuva
(ainda me molho).
harmonia
perfeita
entre solidão e solidez fazem mais forte
todo que busca
tudo o que se acha.
já não procuro em ti meu melhor motivo,
enquanto tudo é um esticar de braços ao encontro de pura terra
ainda estarei vivo
contentado na umidade do que foi chuva
(ainda me molho).
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
dança
e não me cante aquele tango
que quer que qualquer coisa
me cale
não se abale
te pego no passo
e ensino a dançar.
que quer que qualquer coisa
me cale
não se abale
te pego no passo
e ensino a dançar.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
adeus
bebi do seu feitiço
arrastei o mundo com a mão
provei o sabor, frio,
descobri que o peito cansa
e de repente
meu coração
ah! meu coração,
mesmo sozinho
agora dança.
arrastei o mundo com a mão
provei o sabor, frio,
descobri que o peito cansa
e de repente
meu coração
ah! meu coração,
mesmo sozinho
agora dança.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
le temps destruit tout
tudo são ecos
nada novo.
gritos do passado revividos por minha acústica saudosista,
um chá
pra esquecer
os dias de trás
e ainda espero demais.
tremo as mãos como quem não aguenta
esperar o futuro acontecer
como quem não aguenta
lembrar
ainda presente em mim,
meu relógio não quer se entender
e viver
de ponteiros.
nada novo.
gritos do passado revividos por minha acústica saudosista,
um chá
pra esquecer
os dias de trás
e ainda espero demais.
tremo as mãos como quem não aguenta
esperar o futuro acontecer
como quem não aguenta
lembrar
ainda presente em mim,
meu relógio não quer se entender
e viver
de ponteiros.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
le navire
o descompasso de quem corre n'água
pra libertar o barco,
errantes,
despreocupados com o que virá
ou veio antes
não é meu.
sou o que olha vez após vez
a soltura da natureza incontrolável da embarcação que insiste em correr
sem olhar pra trás,
mesmo quando tudo em mim
quer ancorar contra as ondas,
passo,
meu olhar acompanha o barco
e a nuvem me distrai
nas velas que costurei
pra libertar o barco,
errantes,
despreocupados com o que virá
ou veio antes
não é meu.
sou o que olha vez após vez
a soltura da natureza incontrolável da embarcação que insiste em correr
sem olhar pra trás,
mesmo quando tudo em mim
quer ancorar contra as ondas,
passo,
meu olhar acompanha o barco
e a nuvem me distrai
nas velas que costurei
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
promessa
eu tropecei na esquina
quase fim do caminho,
sei que meus passos guiaram
por onde o coração pensou saber
e saber bem o que queria,
mas porque então tropecei
com medo de pisar
em caminhos que não me levariam
a você?
toda esquina assusta,
mas se eu tiver de atravessar
quero estar sorrindo.
quase fim do caminho,
sei que meus passos guiaram
por onde o coração pensou saber
e saber bem o que queria,
mas porque então tropecei
com medo de pisar
em caminhos que não me levariam
a você?
toda esquina assusta,
mas se eu tiver de atravessar
quero estar sorrindo.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
cartas transviadas
sou pandeiro liso e esticado
que apanha pra chorar
na roda
alegrando quem ouve
com gemido e sacolejo
na sintonia do sorriso
que só eu não sorri.
e quando me guardam novamente
nas areias da praia
sujo
acendo meu pavio curto
e subo pro céu como um rojão
cheio de barulho
pra estourar na escuridão
e por lá ficar
na roda
alegrando quem vê
com velocidade e desprendimento
pirotecnia do meu ser
que só eu não soube
ser.
que apanha pra chorar
na roda
alegrando quem ouve
com gemido e sacolejo
na sintonia do sorriso
que só eu não sorri.
e quando me guardam novamente
nas areias da praia
sujo
acendo meu pavio curto
e subo pro céu como um rojão
cheio de barulho
pra estourar na escuridão
e por lá ficar
na roda
alegrando quem vê
com velocidade e desprendimento
pirotecnia do meu ser
que só eu não soube
ser.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
any messenger
carrega a dureza do chão sob os pés
nem brisa
abala
ou alisa
vento que te erra temeroso.
o difícil acesso
da história em teus olhos
labirintuosos
pouco dizem
distantemente fronteiriços
estrangeiros de tudo
intocáveis.
seus genes me doem,
deslocam do teu espelho
vidromorfiso traços que me queimam na semelhança,
gêmea indiferença,
ainda quando tudo,
tudo em mim sustenta,
tua presença,
até quando não aguento,
não sou nós dois
sem ser eu.
tão preciso, insisto na eternidade.
(pai).
nem brisa
abala
ou alisa
vento que te erra temeroso.
o difícil acesso
da história em teus olhos
labirintuosos
pouco dizem
distantemente fronteiriços
estrangeiros de tudo
intocáveis.
seus genes me doem,
deslocam do teu espelho
vidromorfiso traços que me queimam na semelhança,
gêmea indiferença,
ainda quando tudo,
tudo em mim sustenta,
tua presença,
até quando não aguento,
não sou nós dois
sem ser eu.
tão preciso, insisto na eternidade.
(pai).
terça-feira, 16 de agosto de 2011
domingo
caricia mansa
nunca cansa
enovela burburinhos noturnos
e tece roupa de aconchego em dia frio.
lã que só firma no couro disposto
a doar alma e coração
em troca de um pouco de calor humano
nos dias de verão,
mesmo contra todo gosto
até quando arde o rosto
de vontade de um beijo,
mesmo aquele de raspão,
dispara furioso o peito suplicante,
o balanço de rede supera
qualquer futuro glorioso.
nunca cansa
enovela burburinhos noturnos
e tece roupa de aconchego em dia frio.
lã que só firma no couro disposto
a doar alma e coração
em troca de um pouco de calor humano
nos dias de verão,
mesmo contra todo gosto
até quando arde o rosto
de vontade de um beijo,
mesmo aquele de raspão,
dispara furioso o peito suplicante,
o balanço de rede supera
qualquer futuro glorioso.
sábado, 30 de julho de 2011
saudade
a madrugada ingrata
e revoltosa
reclamante por falta de sol
inquieta os medos
recorda a sombra
d'outros tempos, outro eu
e meus fantasmas
o escuro faz
pouca lembrança
brilhar...
pena nem tudo ser manhã,
nela acordo,
meu despertar.
e revoltosa
reclamante por falta de sol
inquieta os medos
recorda a sombra
d'outros tempos, outro eu
e meus fantasmas
o escuro faz
pouca lembrança
brilhar...
pena nem tudo ser manhã,
nela acordo,
meu despertar.
domingo, 17 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Autumn Heart
todo filme que passa,
toda hora que corre
só a doçura me cura
da falta das coisas
que faltam no jardim da porcelana
pintada em minha parede
em minha pele.
todo dia que foge,
tudo em mim que engole
em seco
os caminhos que meus pés seguiram.
equivoco nos passos e nos olhares
a natureza das coisas gorjeia em mim palavras e sotaques,
são suas as asas que batem no céu,
não de pássaros,
tão minhas.
já nem reparo
eu que tanto já quis,
como só eu quis,
ser seu, amor.
toda hora que corre
só a doçura me cura
da falta das coisas
que faltam no jardim da porcelana
pintada em minha parede
em minha pele.
todo dia que foge,
tudo em mim que engole
em seco
os caminhos que meus pés seguiram.
equivoco nos passos e nos olhares
a natureza das coisas gorjeia em mim palavras e sotaques,
são suas as asas que batem no céu,
não de pássaros,
tão minhas.
já nem reparo
eu que tanto já quis,
como só eu quis,
ser seu, amor.
domingo, 19 de junho de 2011
sobre tambores e terra
quebra céu no buxo
estufado de tanta vontade.
grita alto, ribomba retorqui
sobre tambores e terra
treme o mundo sem o toque
do amor que já não sentia
liquefeito na chuva grossa
nem da nuvem ele veria
esconderijo pra toda dor
onde sentido ele ficou
sentado molhado de amor
que pinga do buxo do céu
extasiado de tanta saudade
do tempo que não volta mais
e as gotas que não matam sede
tao cheias de barulho
tao vazias no silencio.
Ou era só uma chuva?
estufado de tanta vontade.
grita alto, ribomba retorqui
sobre tambores e terra
treme o mundo sem o toque
do amor que já não sentia
liquefeito na chuva grossa
nem da nuvem ele veria
esconderijo pra toda dor
onde sentido ele ficou
sentado molhado de amor
que pinga do buxo do céu
extasiado de tanta saudade
do tempo que não volta mais
e as gotas que não matam sede
tao cheias de barulho
tao vazias no silencio.
Ou era só uma chuva?
segunda-feira, 9 de maio de 2011
o silêncio é luxo
Tremem pesadas as arestas de mim
mesmo eu, que sempre fui aluado
percebi que nunca fui assim
de amar baixinho, este amor calado
mas que ainda
é
amor.
mesmo eu, que sempre fui aluado
percebi que nunca fui assim
de amar baixinho, este amor calado
mas que ainda
é
amor.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
sal
três passos pra trás
abismo e firmamento
continentais lacunas
estonteantes colunas
oblíqüas
longínqüas
na borda do mar as espumas
particularidades
dos grãos
de areia
abismo e firmamento
continentais lacunas
estonteantes colunas
oblíqüas
longínqüas
na borda do mar as espumas
particularidades
dos grãos
de areia
quarta-feira, 6 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
pisar
"A vida é sonho"
Waly Salomão
do passo incerto
pouco sei
pedra por queda
destropeço contra meu jeito
equilibro em minha natureza
sempre esbarrante
desastrada
pé ante pé
desistida estrada
some à vista
do horizonte passado
o hoje é ponto
intercessivo
arrasador
acalmador
e delirante
segunda-feira, 4 de abril de 2011
terça-feira, 29 de março de 2011
beira
enquanto adormecem os dedos
esticados
em avanço
absolutamente prontos pro toque
certeiro
depois que adormeço os toques
tão sonhados
no alcanço
absolutamente prontos pra os dedos
absortos
candeeiro
que pisca mas não apaga
brilhe
qualquer faísca
que o vento traga.
http://www.youtube.com/watch?v=drTe0lkSemo&playnext=1&list=PL73E0B243689522BF
esticados
em avanço
absolutamente prontos pro toque
certeiro
depois que adormeço os toques
tão sonhados
no alcanço
absolutamente prontos pra os dedos
absortos
candeeiro
que pisca mas não apaga
brilhe
qualquer faísca
que o vento traga.
http://www.youtube.com/watch?v=drTe0lkSemo&playnext=1&list=PL73E0B243689522BF
quarta-feira, 9 de março de 2011
borda leste
passa o rio que só passa
carregado de saudade
e barulho
passo eu que só esparso
acalmo em um só
mergulho
carregado de saudade
e barulho
passo eu que só esparso
acalmo em um só
mergulho
sábado, 26 de fevereiro de 2011
borbulhas
Bonito mesmo é quando você grita
e eu sei que lá no fundo,
só eu sei,
que o grito é meu
e você sabe que lá na fundo
é só o amor
que não aguenta de saudade
e acorda,
igualzinho ao leite que esquenta
pronto pra te servir
e por pra dormir,
transborda
e eu sei que lá no fundo,
só eu sei,
que o grito é meu
e você sabe que lá na fundo
é só o amor
que não aguenta de saudade
e acorda,
igualzinho ao leite que esquenta
pronto pra te servir
e por pra dormir,
transborda
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
faltou ar
pra sentir que é você
já não preciso
saber
se é
real
já não acerto o tom do mundo
são outras as notas,
suas,
que agora toco
ou será
que é você
e sempre será
http://www.youtube.com/watch?v=85Ys1wb_vjo&feature=related
já não preciso
saber
se é
real
já não acerto o tom do mundo
são outras as notas,
suas,
que agora toco
ou será
que é você
e sempre será
http://www.youtube.com/watch?v=85Ys1wb_vjo&feature=related
domingo, 23 de janeiro de 2011
Panapaná
a sensação de estar sempre esperando por algo
a condição de estar sempre esperando por algo
a imposição de estar sempre esperando
diviníssimos toques
passageiros toques
estradeiros toques
a sensação de estar sempre repetindo por algo
acho que é sempre aquela falta
que faz repetir mil vezes
mil frases
mil manhãs
na esperança de estar sempre esperando por algo
que chegue, fique e se repita
em mil frases
mil vezes
todas as manhãs
a vontade de estar sempre esperando
.
aqui em revoada, panapaná em meu estômago.
vai chegar.
a condição de estar sempre esperando por algo
a imposição de estar sempre esperando
diviníssimos toques
passageiros toques
estradeiros toques
a sensação de estar sempre repetindo por algo
acho que é sempre aquela falta
que faz repetir mil vezes
mil frases
mil manhãs
na esperança de estar sempre esperando por algo
que chegue, fique e se repita
em mil frases
mil vezes
todas as manhãs
a vontade de estar sempre esperando
.
aqui em revoada, panapaná em meu estômago.
vai chegar.
sábado, 15 de janeiro de 2011
nascedouro
hei de acreditar
mesmo que acordado
desnublado céu de março
lá no porto ancorado
ficam sonhos e desejos
vez em quando partem
quando em vez ficam
lá
dentro de mim
mesmo que acordado
desnublado céu de março
lá no porto ancorado
ficam sonhos e desejos
vez em quando partem
quando em vez ficam
lá
dentro de mim
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Roads
é quando eu passo
e já não sinto
já não sei
já é dia
não me lembro de pensar
nem seu nome eu saberia
quando viro páginas
tão humano
leviano
e dói lá fundo
quando eu passo
e já não sinto
luz do dia
nem me lembro de saber
nome teu não pensaria
e viro vidas
leve e solto
passa a dor
já não olho
sol subindo
sombra andando
passo a passo
passarei
e já não sinto
já não sei
já é dia
não me lembro de pensar
nem seu nome eu saberia
quando viro páginas
tão humano
leviano
e dói lá fundo
quando eu passo
e já não sinto
luz do dia
nem me lembro de saber
nome teu não pensaria
e viro vidas
leve e solto
passa a dor
já não olho
sol subindo
sombra andando
passo a passo
passarei
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Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
era lindo se eu dissesse que paralisei! qualquer cena dramática, teatrica, poéturgia do momento. mas há duas formas de se desistir de viver...