todo filme que passa,
toda hora que corre
só a doçura me cura
da falta das coisas
que faltam no jardim da porcelana
pintada em minha parede
em minha pele.
todo dia que foge,
tudo em mim que engole
em seco
os caminhos que meus pés seguiram.
equivoco nos passos e nos olhares
a natureza das coisas gorjeia em mim palavras e sotaques,
são suas as asas que batem no céu,
não de pássaros,
tão minhas.
já nem reparo
eu que tanto já quis,
como só eu quis,
ser seu, amor.
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