sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

caminheiro

dos teus cigarros,
molejo, 
cerveja, cachaça
entendo quase
como uma reza.
as tuas riscas
de fogo acendem
todo caminho,
andante, porteiro
errante,
dono de todo passo
Exú,
agradeço a benção,
peço teu abraço.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Zarabá

Tempo.

escrevo agora
em brancos panos
todo passado
que me doeu,
todo qualquer
que me sofreu,
carregue embora
com sua força
com sua força
com sua força

rezo três vezes

despacho no alto
da tua bandeira
giro o cavalo
três vezes mais
que eu quero ver
não apagar
da minha vida
com sua força
qualquer ferida


Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.