e todo o dia triste
ia lá
afogava pensamentos
sem boias, nem pena.
os cachos soltos da moça que passa
abrigo de páginas
e seus olhos verdes,
uma terra descansada.
fitarei
a poesia
esvanecer:
lá tudo
acontece
corrida das horas
repouso dos pés
no plano
que feito o chão
vai ficando pra trás
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
efim
sou novo
de
novo
passa tudo quanto passa e nada fica
dos caminhos mal percorridos
dos tropeços
nem as unhas
do pé sujo de barro
mantive
cortei os pés
agora
meu negócio
é
voar
de
novo
passa tudo quanto passa e nada fica
dos caminhos mal percorridos
dos tropeços
nem as unhas
do pé sujo de barro
mantive
cortei os pés
agora
meu negócio
é
voar
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Amaro
monólito desgovernado
me amarro em sua fronte
rolando montanha abaixo
calado.
Amaro, amar é deveras torto
morto
seixo de praia perdido nas águas,
remédios, misturas e lucidez
embriaguez de vinho pobre,
ressaca de março em plena terça feira.
quando o estômago dói faminto,
sedento, em guerra com o resto do corpo,
é a doçura insustentável
da indiferença indiscreta
e escandalosa
os segundos que torturam o relógio
ausente
o veneno vagaroso
irretornável invomitável
descendo pedra precipitada no abismo
rasgando o vento do oco
bate no fundo seco
salino
onde já foi mar
me amarro em sua fronte
rolando montanha abaixo
calado.
Amaro, amar é deveras torto
morto
seixo de praia perdido nas águas,
remédios, misturas e lucidez
embriaguez de vinho pobre,
ressaca de março em plena terça feira.
quando o estômago dói faminto,
sedento, em guerra com o resto do corpo,
é a doçura insustentável
da indiferença indiscreta
e escandalosa
os segundos que torturam o relógio
ausente
o veneno vagaroso
irretornável invomitável
descendo pedra precipitada no abismo
rasgando o vento do oco
bate no fundo seco
salino
onde já foi mar
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
carneviva, carnaval.
tão... nada é tão
imenso
dos toques não dados
do teu lenço
e a urgência
sorrir pra vida,
despedida.
(prometo nunca mais falar de amor)
(prometo porque preciso, minto porque te amo)
imenso
dos toques não dados
do teu lenço
e a urgência
sorrir pra vida,
despedida.
(prometo nunca mais falar de amor)
(prometo porque preciso, minto porque te amo)
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
timmer
Olinda despeja
ladeiras do alto
pra baixo e cima
calorimenso
minha carne é
de carnaval
meu coração
cinza e quarta;
bahia
rio, pernambuco
o raio que o parta
ladeiras do alto
pra baixo e cima
calorimenso
minha carne é
de carnaval
meu coração
cinza e quarta;
bahia
rio, pernambuco
o raio que o parta
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
thiê
teu olho
acende a manhã
na pupila
meu olho
brilha
cacos de vidro ao sol
bola de gude perdida na grama
a tarde levanta vôo nas asas de um pássaro qualquer,
sem nome, minhas asas.
padeço do mal das tardes que vão
anoiteço um pouco a cada dia
sem aprender a voar.
acende a manhã
na pupila
meu olho
brilha
cacos de vidro ao sol
bola de gude perdida na grama
a tarde levanta vôo nas asas de um pássaro qualquer,
sem nome, minhas asas.
padeço do mal das tardes que vão
anoiteço um pouco a cada dia
sem aprender a voar.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
1 de fevereiro
gil cava um buraco no chão
do meu peito
enterro os pés
sem saber ao certo
o efeito
faria tão perto
qualquer toque
mais carinho
mas um pouco
eu sozinho
do meu peito
enterro os pés
sem saber ao certo
o efeito
faria tão perto
qualquer toque
mais carinho
mas um pouco
eu sozinho
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Intangível
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.
-
era lindo se eu dissesse que paralisei! qualquer cena dramática, teatrica, poéturgia do momento. mas há duas formas de se desistir de viver...