quinta-feira, 19 de julho de 2012

"¡Qué lejos estamos!"

Más que la fe, lo que a Galileo le faltaba era corazón
don Toribio de Cáceres y Virtudes

acordo mil vezes antes de realmente dormir: relutâncias da minha consciência, barulho de árvores la fora, musica que não consigo tirar da cabeça ou saudade. insuficiência respiratória, juro, insuficiência respiratória, eu queria tanto um banho de mar agora, largar meu remédio vasoconstritor, meu medo de respirar poeira, a dor no olho direito que me lembra a assimetria do meu astigmatismo, peso da alma.
e é tanta despedida, tanta recaída, ainda não respiro e a poeira espalha feito perfume.
é tanta despedida, tanto pouca vida, tempo que assusta. árvores perdem suas folhas por amor demais, queria ser nodoso, outonal, insensível. talvez o seja, mas justo agora enquanto acordo mil vezes antes de conseguir dormir, por sede, repetindo a mesma musica pra conseguir escrever, riscando o chão de tanto ter apagado, sinto vontade de dizer que sinto falta de muita gente, mas desisto de antemão, mentir é feio e as pessoas mudam, sinto falta do que muita gente já foi, urgência de ser logo o amanhã.

"A que distância!...
(Nem o acho...)"

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.