quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Nana

brincar de silêncio
tipo esconde-esconde as palavras
e quando perco
as escondidas
pai diz tem de encontrá-las
palavra perdida é assombração,
esconde os cacos que Nana cata
doída das faces
desaveludada,
seus olhos cresceram pra passarinho
mas faz tanto tempo que não os vejo voar.
do acordar ao infindar
amanha bem cedo
juro catar fantasmas
e o barro dos jarros caídos
dar de presente pro pai uma moringa
um candeeiro pra minha irmã
um passarinho novo e sem gaiola
que pouse sempre na minha varanda

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.