terça-feira, 13 de novembro de 2012

Excertos de viagem

(ainda nao corrigido, sem pontuacao)


I-

das tuas pracas cheias
dos amores perdidos
tuas gentes
meio-fio, meio lugar
pedacos de chuva e calor
das formas que eu achei
em meio a tantas outras
sorrisos quentes, cabelos
alto-falantes e emergencias
flores brutas
amores cegos
e de quase toda sacada portuguesa
que pude tocar com meus olhos
meus aneis de caveira
minha cozinha muda

II-

guardei nos olhos o suor que te escorria, suave, e pedi que a pele desejasse saber o sabor de tuas maos, teus oculos dourados, tuas imagens de pessoa, telefones antigos e a varanda da fazenda

III-

do sorriso desfeito imediato
da aspereza no olhar
a simpatia
e a falta de beijos
das promessas que o santo nunca cobrou
mentiras esquecidas
minha surdez
o que nao ouvi, nem me importei
falta habilidade no andar
as pequenas imensidoes
das vontades e explicacoes
teus lugares e a falta de espaco
tua cor
ceu calor
da saudade de duda
de Saulo, de Be
dos desencontros
nos quais me acho
onde sorrio de canto
por ser meu unico jeito de sorrir

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.