quarta-feira, 12 de maio de 2010

Dança

só quando é noite
na tinta de minha pele
dança carícia morna
e o desenho se torna
nosso palco de Calíope
com sua voz em açoite

justo como quem sente
acordo a perceber
enganador de sentidos
ferventes e confundidos
acalenta o corpo um lençol

no peito abrasado
a certeza que era seu
o toque que é só meu
insônia do olhar calado

Sorrir de um mesmo modo
uma imagem em aquarela
aquiesce meu quarto escuro
e meus olhos que são dela
dança dos sonhos
sacode a alma

sapatilhas e um segredo

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.