sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Equilibrista

dispersa, azul, metódica
a vista embaça em meio céu
balanço e desconcerto de passadas
na corda quase solta que me prendo
eterno orquestrado, quase um drama
prosódia de sussurro em meio tom
a brisa que refresca quase assusta
desequilíbrio perfeito e sintonia
daqui, no balançar, eu vejo
com outros olhos, ou um mundo que não via
só pé e linha, braços bem abertos
a confiança que não sei de onde tiro
um passo em falso e já não caio
só respiro
imensidão da pequeneza que nos cerca

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.