domingo, 28 de novembro de 2010

canção de ninar

vertiginosamente desço
cortando céu em meio acorde
brilhando muito
descendo muito
rasgando a seda azul-clarinha
batendo os pés no alto monte
tomando impulso pra outro salto
deixando a noite meio sem jeito
cambaleante, quase sozinha
mergulho mar por um segundo
apago em mim, que já fui sol,
sonhos e raios, o meu sorriso
me visto todo em arrebol
me ponho em cama
de horizonte

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.