quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A maré

giro rapidamente
sobre pedras e caminho
como quem nem sente
o perder de gotas no espaço
corto a terra sozinho
veio de águas de mim
esparsas vagas musicais
deitam no vento
e só no alento
dos braços meus
suspiram vaporosos
pontos de intercessão
sorriso e brilho de sol
batendo em água rodopiante
a velocidade ascende
nenhuma essência se prende
transpassa intensamente
por um caminho errante
o sonoro florescer
rio baixo
mar adentro
evaporo

lá onde o mar me beberia
é onde desembocaria
depois de correr o mundo
sóis minerais
e chuva de verão
pra tropeçar da cabeceira
pelo caminho feito
dormir tranqüilo no leito
lá onde o mar me beberia
cama de ondas
que alisam a praia

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.