e o barbeiro preciso
desde meu avô já perguntava
ao me sentar na cadeira de couro,
aconchegantemente grudada pelo suor de minhas costas,
“manézinho! Arco, Tarco ou quer que mói?”
o mundo tripartia em opções
absolutamente livres de qualquer norma
absolutamente presas à normalidade
dos meus dedos que acenam
e do talco que brisava meu pescoço
ele cantava BB King, sem vergonha do seu português preso no bigode
prendia a atenção de todos
no bigode
a navalha
tripartia.
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