o cheiro de manga espada
e no romper doce-amargo da fina casca da jabuticaba
negra, aparece a noite doce
e suas compotas, ou licor.
teus olhos cheios
balaio de frutas verdes
cheios de Deus e algo mais que há
perdidos no jardim,
a falta de fé.
a banca de fruta
pega na dor
na dor que as vezes nem corpo tem
e areia que na pêra faz da minha boca um oceano
incensa pra longe as nuvens
afago cores
afano romãs e corpos.
o sol ignora a banca
e queima a sombra
os seres que vivem nela.
maçãs mordidas de Hilda,
masco os pedaços azedinhos
de alho em mãos e espada de são Jorge
mastigo quebrantos
vendo frutas
pois o dia fica belo
quando não penso
é dia de sol que queima as sombras
de dentro dos meus olhos
na feira de são Joaquim
mercado central
de dentro
do centro
de frutas
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