chega uma idade quando nada mais é ridículo,
falarei com estranhos
gritarei em publico
boné e camisa social
tênis sem meia, bigode mal feito
chave de fenda sempre na mão,
pra misturar a cor de minhas roupas que não combinarão,
livros roubados, o rabo de saia onde quase infartarei
quando chegar o tempo de ser ridiculamente alegre e doente,
sentar na calçada e ver a vida que resta
andar sem mim
eu que nunca andei muito bem sozinho
vou querer a sombra de uma amendoeira
lá no parque da boa vista
nas mesinhas de dominó
quando o tempo for chegando,
ainda assim viver o hoje
na fortíssima sensação
de não saber
onde estou indo...
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