terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ciranda

não és.
nem será possível
gerir corpo alheio
reger paixões, teus eixos
quando te confundo
teu silêncio, teus rejeitos,
Pigmaleão perdido pelo tempo
tua necessidade ou capricho
nem será possível
gerir meu corpo só de memória
idealismo e marcas
do meu léxico falho, confuso,
invasor
não sou, nem nasci em 1902
não suporto silêncio nos ouvidos
não suporto
falta vontade, Carlos,
e me perdoe de antemão,
não é possível ser triste assim
suspeito, te recorto
nem será possível
serei o mudo, mundano
grego, estático
meu paraíso em carrara

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Intangível

​Exú corre no rio E atravessa o tempo Não tem pegada ou encruzilhada Exú corre no rio Tempo avesso e através.